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Oriente Médio

Ciência paralisada na guerra em Israel

Ataque terrorista matou pesquisadores israelenses; bombardeio na Faixa de Gaza destruiu instalações de universidades

Wikimedia Commons

A guerra em Israel praticamente paralisou atividades acadêmicas no país. Universidades e laboratórios de instituições de pesquisa se esvaziaram. Muitos estudantes e cientistas estrangeiros abandonaram o país, enquanto boa parte de seus colegas israelenses se juntou aos 300 mil reservistas convocados pelo Exército. Cinquenta estudantes, docentes e funcionários da Universidade Ben Gurion do Neguev, que fica a 40 quilômetros da Faixa de Gaza, foram mortos no ataque terrorista do grupo palestino Hamas, entre eles o físico teórico Sergey Gredeskul e a matemática Viktoria Gredeskul, ambos de 81 anos, que eram casados.

Na Faixa de Gaza, a situação é crítica, como disse à revista Science Marwan Awartani, presidente da Academia Palestina de Ciência e Tecnologia e ex-ministro da Educação da Autoridade Nacional Palestina. Ele conta que, antes da guerra, já era difícil manter atividades científicas em Gaza, porque o bloqueio imposto por Israel ao território dificultava a mobilidade de pesquisadores e impedia a importação de equipamentos científicos, por razões de segurança. A situação ficou dramática desde o início dos ataques aéreos israelenses, que causaram grandes danos a instalações de duas grandes instituições, a Universidade Islâmica de Gaza e a Universidade Al-Azhar de Gaza. Segundo Awartani, os pesquisadores e estudantes palestinos tentam se refugiar em abrigos. “A prioridade não é a ciência, é permanecer vivo”, afirmou.

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