
Alex Uchytel / Wikimedia CommonsRepresentação artística de Equus neogeus, equino extinto da América do SulAlex Uchytel / Wikimedia Commons
A variação de pluviosidade pode ter sido decisiva para a extinção da megafauna associada a ambientes abertos no atual Nordeste brasileiro, por ter favorecido a formação de um ambiente desfavorável e reduzido a oferta de alimentos. A bióloga Célia Machado, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), examinou 292 registros de fósseis de quatro grupos de mamíferos herbívoros, adaptados a ambientes abertos, nos últimos 21 mil anos: Equus neogeus, uma espécie de equino; Pampatherium humboldtii, Glyptodon clavipes e Panochthus spp., parentes distantes do tatu. Com seus colegas, ela verificou que as áreas de vegetação aberta se expandiam ou se retraíam em resposta ao clima. Diferentemente do que ocorreu no Nordeste, nas regiões Andina e do Chaco-Pampa (sul da América do Sul, incluindo o Rio Grande do Sul), a estabilidade na precipitação preservou o ambiente e, nelas, outros fatores devem ter sido os principais responsáveis pela extinção da megafauna (Quaternary Research, janeiro).
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