A área de Humanidades, que engloba Ciências Humanas, Arquitetura e Economia, tem uma peculiaridade dentro da FAPESP. O financiamento dos bolsistas sempre foi maior do que os auxílios à pesquisa. Isso decorre de uma característica própria das Humanidades: as investigações nessa área exigem menos investimentos. Em 2001, os auxílios responderam por apenas 5,4% do total financiado pela Fundação, enquanto as bolsas foram responsáveis por 15,2%. Os projetos temáticos, linha de pesquisa instituída em 1990, também apontam nesse sentido: dos 634 aprovados, apenas 68 (10,7%) são do setor. “O tratamento dado à Humanidades é exatamente o mesmo que de outras áreas”, afirma Luís Henrique Lopes dos Santos, coordenador adjunto da diretoria científica da FAPESP. “E, cada vez mais, o apoio da FAPESP se dá em forma de auxílios a projetos de médio e grande porte, o que é importante para abertura de linhas de pesquisa que provocam grandes expectativas.” As reportagens a seguir tratam de projetos que resultaram em produções artísticas. Mas não se pode deixar de mencionar importantes projetos de pesquisa que resultaram em reflexões fundamentais nas Ciências Humana: por exemplo, um estudo de lingüística sobre classes gramaticais e lexicais no português falado no Brasil, de Ataliba Teixeira de Castilho, da Universidade Estadual de Campinas; Maria Luiza Tucci Carneiro, da Universidade de São Paulo, trabalha no inventário do acervo do Departamento de ordem Política e Social (Deops); e Luiz Henrique Proença Soares, da Fundação Seade, está na segunda pesquisa sobre a atividade econômica paulista. São todos trabalhos de fôlego, que se juntam ao que de melhor se produz nas universidades paulistas em Humanidades.
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Conhecimento com arte
Financiamento para pesquisadores são mais freqüentes do que os auxílios a projetos de pesquisa