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distrofia muscular

Contra a distrofia muscular

Células-tronco humanas usadas para tratar distrofia em cães da raça golden retriever

MAYRA PELLATI/USPCélulas-tronco humanas usadas para tratar distrofia em cães da raça golden retrieverMAYRA PELLATI/USP

Um experimento com cinco cães indica que o transplante de células-tronco humanas para tratamento da distrofia muscular de Duchenne, a mais frequente e severa forma de degeneração muscular, pode ser seguro (Stem Cell Reviews and Reports, agosto). Uma equipe do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo coordenada pela geneticista Mayana Zatz extraiu células-tronco de tecido adiposo de doadores humanos, cultivou-as e depois as implantou em cinco cães da raça golden retriever com distrofia muscular e sistema imune intacto. Esses animais podem nascer com uma mutação genética que causa uma distrofia semelhante à humana e permitem um acompanhamento de longo prazo. As células foram injetadas em uma veia da pata dianteira dos cães em nove aplicações feitas em seis meses. Os cães receberam a primeira injeção com 2 a 3 meses de idade. Os exames clínicos e os de sangue, de imagem e as avaliações cardiológicas indicaram que o tratamento foi bem tolerado, aparentemente sem efeito indesejado de longo prazo – os animais foram acompanhados por sete anos. Os pesquisadores atribuem a longevidade de dois cães aos benefícios do tratamento. Estudos com animais são importantes para tratá-los e para determinar a segurança de terapias antes de serem avaliadas em seres humanos. De origem hereditária, a distrofia muscular de Duchenne pode levar à perda dos movimentos a partir dos 10 anos de idade.

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