Três anos após aderir à União Europeia, a Bulgária trabalha para melhorar seu desempenho científico, mas um projeto de lei que busca aperfeiçoar o ambiente de pesquisa atraiu protestos dos próprios cientistas. A lei propõe o fim de uma comissão que concede graus acadêmicos e supervisiona as universidades. Em seu lugar, cada instituição seria responsável pela concessão de seus diplomas, como acontece no resto da Europa. Alguns pesquisadores dizem que a medida vai eliminar o controle de qualidade dos trabalhos de doutoramento e pós-doutoramento, tido como essencial nas novas universidades. A Bulgária tinha apenas quatro universidades em 1990. Agora elas são 53. Um grupo denominado Movimento Civil de Apoio à Ciência e à Educação da Bulgária pediu ao Parlamento mudanças no projeto, como a criação de um esquema de credenciamento das universidades antes de permitir que elas ganhem autonomia para conceder os graus mais elevados. “Concordamos que este sistema é arcaico”, disse à revista Nature Oleg Yordanov, físico do Instituto de Eletrônica em Sofia. “Mas é preciso garantir um mínimo de qualidade.”
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