Laura BeatrizUm relatório encomendado pela Comissão Europeia comparou os obstáculos encontrados em 33 países para a ascensão das mulheres na carreira científica. A situação revelou-se especialmente desfavorável na Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, França, Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Polônia, Portugal, República Checa e Turquia. Tais nações do velho continente emergem do documento O desafio de gênero no financiamento de pesquisa, como pouco ativas na criação de políticas capazes de ajudar as mulheres a se tornarem líderes científicos. Entre os países mais avançados nesse campo destacaram-se a Finlândia, a Suécia e a Noruega, onde as mulheres compõem mais de 40% dos postos dos comitês de agências de pesquisa. Num pelotão intermediário há nações que tentam mudar suas políticas. A agência alemã DFG, por exemplo, estabeleceu a igualdade entre gêneros como um objetivo estatutário desde 2002. A participação feminina, porém, segue restrita. Entre 1999 e 2004 aumentou a proporção de mulheres atuando como revisoras de projetos na DFG. Mas os números são tímidos: elas eram 6%, agora são 9%. O documento foi escrito por 17 especialistas, sendo 12 mulheres.
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