Universidades e instituições de auxílio à pesquisa da Áustria lançaram a Agência para a Integridade Científica, em resposta a uma onda de escândalos envolvendo condutas impróprias de pesquisadores no país. As denúncias, feitas em caráter confidencial, serão avaliadas por um comitê composto por seis cientistas estrangeiros e um assessor jurídico austríaco. Segundo a revista Nature, a decisão de recorrer a estrangeiros deve-se ao tamanho restrito da comunidade científica da Áustria e ao fato de a maioria dos pesquisadores trabalhar em rede, o que dificultaria a isenção do julgamento. Os escândalos recentes envolveram um médico da Universidade de Vienna, que fabricou dados em um artigo científico sobre danos ao DNA causados pelos campos magnéticos de telefones celulares, e outro da Universidade de Innsbruck, que fez uma pesquisa sobre o uso de células-tronco contra a incontinência urinária sem sequer avisar as cobaias humanas sobre a natureza do trabalho. A agência deve começar a funcionar no início de 2009.
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