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Economia

Desemprego e produtividade

No esforço de compreender quais caminhos podem levar à conciliação entre o crescimento da produtividade e a oferta de emprego, o estudo “Mudanças no padrão de uso da mão-de-obra no Brasil entre 1949 e 2010”, do professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Duilio de Avila Bêrni, faz uma análise estrutural por decomposições do modelo de insumo-produto, utilizando-se das matrizes decenais de 1959/2000 e aplicando-as para o período de 1949 e 2010. O trabalho partiu do exame das estatísticas do crescimento do emprego e do produto, observando a incorporação de 64,6 milhões de pessoas ao contingente de 15,8 milhões já empregadas em 1949, projetando-se um emprego total de 71,1 milhões de trabalhadores em 2010. De acordo com as projeções, apenas o setor de serviços foi capaz de aumentar o emprego em termos absolutos e com ganhos de produtividade. O estudo aponta para a possibilidade de continuidade da pesquisa com o acréscimo da produtividade setorial do capital e com o aprofundamento das investigações sobre as causas da virtuosidade do setor de serviços, desagregando-o em subsetores. O autor também indica que a análise ficaria mais enriquecida com o estudo da distribuição do produto social, e não apenas de sua geração. ?Esses aspectos poderiam contribuir para o entendimento mais abrangente da associação do uso do trabalho social, aqui avaliado por meio do uso da mão-de-obra, com a geração de virtuosidade setorial na economia brasileira?, afirma.

Nova Economia, vol. 16, nº 1, Belo Horizonte, jan./abr. 2006

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