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SAÚDE

Diminuem os casos de malária gestacional

Os casos de malária gestacional diminuíram no Brasil na última década, mas ainda representam um sério risco para mulheres que engravidam em regiões onde a doença é endêmica, segundo levantamento feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e técnicos do Ministério da Saúde. Sob coordenação do biólogo Claudio Marinho, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, eles analisaram dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Malária referentes a 61.833 mulheres com a doença. Houve uma redução de 50,1% no total de casos entre janeiro de 2004 e dezembro de 2018, sendo Plasmodium vivax responsável pela maioria deles (The Lancet Regional Health, 27 de maio). A queda, porém, não torna a questão menos preocupante. A doença continua sendo um sério problema de saúde pública em toda a região amazônica, sobretudo nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Japurá, Atalaia do Norte e Barcelos, no estado do Amazonas. As mulheres com idade entre 15 e 24 anos e baixa escolaridade foram as mais afetadas, respondendo por 60,5% dos casos. “É importante que os programas de controle da malária usem esses dados para identificar as áreas que podem exigir maior vigilância ou intervenções e criar estratégias específicas para proteger as gestantes e seus bebês das consequências da doença”, diz Marinho.

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