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Tecnociência

DNA de carne de peixe

FERNANDO BRANDÃO PILATI

Sob vigilância: testes permitem identificar pesca ilegal no meroFERNANDO BRANDÃO PILATI

Nem sempre é fácil convencer pescadores que é mero o peixe que eles dizem que não é mero (Epinephelus itajara), uma das maiores espécies de peixe, com até 2,7 metros de comprimento e 400 quilos, sob sério risco de extinção. Uma equipe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) concluiu em dezembro um teste genético para diferenciar a carne de mero da de outras 11 espécies de garoupas e badejos que vivem ao longo do litoral brasileiro. O teste ainda não está à mão, mas a base genética elaborada pela equipe do biólogo Rodrigo Torres permitiu distinguir o mero de outras espécies, comparando três regiões do DNA mitocondrial. “Estamos melhorando a acurácia do teste a fim de identificar o mero vendido ilegalmente e saber a origem geográfica da carne”, comenta Torres. No ano passado a equipe da UFPE ajudou a mostrar que os meros no Pacífico, próximo à costa do Panamá, pertenciam a uma espécie diferente dos meros do Atlântico. “Ressuscitamos uma espécie considerada extinta naquela região que é anatomicamente muito parecida com os nossos meros do Atlântico”, diz ele.

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