Uma equipe do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo desenvolveu uma estratégia potencialmente mais simples, rápida e barata de produzir um material biocompatível para ser usado como enxerto em ossos longos, como os das pernas. Nela, os pesquisadores adicionaram a proteína fibroína, extraída de casulos de bicho-da-seda, a uma solução líquida de cálcio e fosfato de cálcio (hidroxiapatita). Depois de precipitar, o material é secado e prensado na forma de blocos. “O processo é concluído em 24 horas e realizado à temperatura ambiente”, conta a engenheira Daniela Vieira, que desenvolveu o procedimento sob a orientação do químico Sergio Yoshioka. O custo pode ser 25% inferior ao de outras técnicas, que em geral usam matéria-prima em estado sólido e exigem altas temperaturas.
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Do casulo para os ossos
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Blocos de material à base de fibroína e hidroxiapatita
Henrique Fontes / IQSC