Um equipamento para medir doses de radiação em pessoas ou em ambientes foi desenvolvido pela física Sonia Tatumi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no campus Baixada Santista, com os professores Marcio Yee e Juan Carlos Mittani, da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de São Paulo. Trata-se de um dosímetro luminescente que pode ser usado na área da saúde ou em usinas nucleares, constituído de cristais produzidos a partir do óxido de alumínio dopado com terras-raras (itérbio, érbio, neodímio e praseodímio) e semimetais. “Notamos que esses dopantes formam nanocristais, que são essenciais ao aumento da emissão da luminescência”, conta Sonia. O novo tipo de dosímetro utiliza a luminescência emitida após estímulo de corrente elétrica ou luz de LEDs e pode servir ao monitoramento de pacientes em exames de raios X, medicina nuclear, ou radioterapia para tratamento de câncer. Segundo Sonia, há um dosímetro comercial de alfa-alumina dopada com carbono, mas ele é fabricado por um processo de crescimento de cristal muito caro, que exige altas pressões e temperaturas. “Nós optamos por processos mais modernos, eficientes e baratos”, diz. “Nesses, a dopagem pode ser feita de uma forma simples e bem controlada, em relação tanto à quantidade quanto à pureza dos dopantes.” O projeto rendeu um depósito de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “O dosímetro já está pronto e poderá se tornar um produto comercial”, diz a pesquisadora.
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