UFPECâmera térmica instalada em drone afere temperatura de indivíduos a distância; quanto mais intensa a cor, mais elevada a temperatura corporalUFPE
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram com colegas do Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco (IRRD-PE) um drone equipado com uma câmera térmica capaz de aferir a temperatura de indivíduos a distância. Ao visualizar aglomerações, o aparelho passa a medir a temperatura das pessoas. Quanto mais intensa for a cor captada pela câmera, mais elevada é a temperatura corporal. Com isso, é possível mostrar se alguém está com febre, um dos principais sintomas da Covid-19.
“A câmera funciona por meio do infravermelho para medir a temperatura das pessoas”, informou o pesquisador Paulo Marques, membro da equipe responsável pela inovação, ao telejornal NE2, da Globo Nordeste, de Pernambuco.
O drone tem um alto-falante que emite mensagens orientando o grupo a se dispersar. O aparelho já está em ação em algumas feiras livres do Recife, com apoio de agentes da Defesa Civil. O mesmo sistema já foi usado no enfrentamento a uma epidemia de cólera no Malawi, na África, em 2019. “Não é uma experimentação de primeira viagem”, destacou o cientista da computação Jones Oliveira de Albuquerque, do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da UFPE.
Os dados coletados pelo drone são inseridos numa plataforma, que traça uma radiografia da situação e fica à disposição das autoridades sanitárias de Pernambuco. “A partir do momento que os gestores públicos recebem essas informações da academia, eles podem traçar planos de ação para minimizar o processo de contaminação pela Covid-19”, declarou à Globo Nordeste Hernande Pereira da Silva, coordenador do IRRD-PE.
Esse projeto, segundo o médico José Luiz de Lima Filho, diretor do Lika, é financiado desde 2014 pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Engenharia de Software (INCT-INES).
Republicar