Em tempos de internacionalização das indústrias, as estratégias competitivas e as competências essenciais de cada companhia são testadas ao limite extremo. Cada vez mais, o coletivo se torna mais importante que o individual. É nesse contexto que o artigo Estratégias competitivas e competências essenciais: perspectivas para a internacionalização da indústria no Brasil, de Afonso Fleury, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), e Maria Tereza Fleury, da Faculdade de Economia e Administração da USP, analisa as conseqüências da formação de redes internacionais, criadas para promover a execução de metas de eficiência coletivas. “A competitividade é, e será cada vez mais, relacionada ao desempenho de redes interorganizacionais e não de empresas isoladas”, alertam os autores. No texto, são abordados problemas teóricos e evidências empíricas do ponto de vista de economias emergentes como a brasileira. Quais setores industriais do país apresentam potencial para se tornarem competitivos internacionalmente, por demonstrarem possuir as competências organizacionais necessárias? Essa é uma das respostas que o artigo procura discutir. Segundo o estudo, no cenário atual de economia globalizada, de reconfiguração das empresas na busca da eficiência coletiva, procurar compreender a dinâmica do processo de reestruturação do tecido industrial de um país como o Brasil é como tentar montar um quebra-cabeça caleidoscópico: cada vez que uma figura se forma, uma das peças se mexe, alterando a figura. A contribuição principal do texto é tentar compreender esse caleidoscópio.
Gestão & Produção – vol. 10 – nº 2 – São Carlos – ago. 2003
Republicar