Em alguns pontos de sua exploração em Marte, a sonda Spirit, da agência espacial norte-americana (Nasa), deixou rastros tingidos de amarelo. Era enxofre, misturado à poeira. O achado pode significar muito mais do que uma curiosidade química: o enxofre, muito mais comum no planeta vermelho do que por aqui, pode ser indício de vida. Na Terra, bactérias convertem sulfato, um tipo de composto de enxofre, em outro, o sulfeto. Ao examinar material colhido da cratera Haughton, no Ártico canadense, um grupo liderado por John Parnell, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, mostrou que é possível reconhecer nesses compostos de enxofre uma assinatura de atividade microbiana (Geology). Segundo eles, a próxima missão robótica da Nasa a Marte terá equipamentos capazes de detectar essa assinatura e verificar se há vida microscópica no solo marciano.
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