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Mobilidade de cientistas

Entre perdas e ganhos

Brasil tem pouca fuga de cérebros, mas também atrai poucos pesquisadores estrangeiros, conforme estudos sobre vários países

Um estudo divulgado pelo Bureau Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos traçou um painel sobre a mobilidade de cientistas em 16 países, mostrando como cada nação perdeu cérebros para outros países mas também foi capaz de atrair talentos estrangeiros para reforçar sua capacidade científica.

O principal exportador é a Índia, com 40% de seus pesquisadores trabalhando no exterior, seguido pela Austrália e a Suíça, com cerca de 30%. Já o Japão chama atenção por não ter perdido quase ninguém. Entre os que mais conseguiram atrair cientistas estrangeiros, destacam-se de novo a Suíça (57%), o Canadá (47%), a Austrália (45%) e os Estados Unidos (30%). Os números do Brasil apontam uma mobilidade modesta, com uma perda de cérebros na cada dos 5% e uma capacidade de atrair talentos de fora também de cerca de 5%.

A literatura internacional sobre o fenômeno da fuga de cérebros mostra que perdas maciças de pesquisadores podem comprometer a capacidade científica de uma nação, mas também sugere que manter um certo contingente de cientistas circulando por outros países traz compensações e pode servir de ferramenta para internacionalizar a pesquisa. Os dados do estudo foram compilados de um levantamento com 17.182 cientistas de 16 países das áreas de biologia, química, ciências da terra e ciências ambientais.

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