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Estratégias

Erro britânico em Bangladesh

Após decisão da Alta Corte de Londres, deverá ser movida uma ação de perdas e danos acusando cientistas financiados pelo governo britânico de negligência ao avaliar reservas do lençol freático em Bangladesh, na Ásia. A decisão pode ter implicações para centenas de cidadãos que dizem ter sofrido envenenamento por arsênico.

Binod Sutradhar e Lucky Begum alegam que a falha que os cientistas da British Geological Survey (BGS) cometeram ao não alertar sobre os altos níveis de arsênico quando realizaram uma inspeção hidroquímica nas regiões central e nordeste de Bangladesh, em 1992, pôs suas vidas em risco. Sintomas iniciais de arsenicose, doença potencialmente mortal, foram diagnosticados em ambos. A presença natural de arsênico nos reservatórios subterrâneos de Bangladesh é agora um problema reconhecido, que a Organização Mundial de Saúde descreve como “o maior envenenamento em massa de uma população na História”.

O Conselho Nacional de Pesquisa Ambiental (CNPA) nega veementemente qualquer negligência. Argumentou que a inspeção foi financiada pela Agência de Desenvolvimento Exterior e que não havia relação contratual entre a BGS e o governo de Bangladesh, suas agências ou os acusadores. Estes disseram que o relatório incluía averiguação da toxicidade da água para humanos. Em seu julgamento, o juiz Simons recusou-se a rejeitar as acusações. Enfatizou, no entanto, não ter tocado os méritos subjacentes de nenhuma das partes (Financial Times, 9/05/03).

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