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Mundo

A chave do primeiro encontro

Chama-se Izumo a recém-identificada proteína que permite ao espermatozóide fundir-se com o óvulo durante a fertilização e iniciar o processo que levará à formação dos 60 trilhões de células do corpo humano. Apresentada na Nature de 10 de março, essa e outras moléculas já conhecidas que levam à fusão das membranas celulares do espermatozóide e do óvulo podem levar a novos métodos anticoncepcionais e a novos tratamentos para a infertilidade.

Masaru Okabe e sua equipe da Universidade de Osaka, no Japão, usaram um anticorpo que bloqueia a fusão do espermatozóide de camundongos e saíram em busca da proteína que se liga a esse anticorpo. Os camundongos machos geneticamente modificados em que a Izumo foi bloqueada mostraram-se saudáveis, mas estéreis: os espermatozóides, ainda que produzidos em quantidade normal, eram incapazes de fundir-se com os óvulos.

Esse mesmo anticorpo, OBF13, bloqueou a fusão de espermatozóides humanos congelados com óvulos de hamster. A Izumo é uma proteína da família das imunoglobulinas e ganhou o mesmo nome de uma cidade do Japão que abriga a mais antiga das capelas dedicadas a casamentos, construída em tempos medievais, com 24 metros de altura.

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