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Parceria

Esforço integrado

FAPESP e governo federal vão financiar projetos em bioenergia e mudanças climáticas

MIGUEL BOYAYANUm protocolo de intenções celebrado entre a FAPESP, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estabelece a ampliação do Programa de Apoio aos Núcleos de Excelência (Pronex) para financiar projetos de pesquisa nas áreas de bioenergia e mudanças climáticas globais no estado de São Paulo. O documento foi assinado no dia 16 de abril, na presença de membros do Conselho Superior da FAPESP, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, pelo diretor de programas horizontais e instrumentais do CNPq, José Roberto Drugowich de Felicio, pelo presidente da FAPESP, Celso Lafer, e pelo diretor científico da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz.

O MCT e a FAPESP comprometem-se a prover R$ 40 milhões em 4 anos para a execução do Pronex. A FAPESP dará a metade do valor para financiamento de projetos e o CNPq concederá os outros R$ 20 milhões para o pagamento de bolsas. Outros R$ 30 milhões, de um convênio firmado em 2003 entre FAPESP e CNPq, serão disponibilizados para o esforço conjunto.

Sérgio Rezende afirmou que os dois temas escolhidos encaixam-se nas estratégias do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançado pelo governo federal em 2007. “O plano tem quatro prioridades e, em uma delas, que é voltada para pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas, as áreas de bioenergia e mudanças climáticas globais têm importância muito grande”, afirmou o ministro.“Em 2007, o MCT identificou que o estado de São Paulo, que tem peso muito grande em todos os setores de pesquisa, destaca-se ainda mais nessas duas áreas específicas, nas quais a FAPESP estava trabalhando para ter programas estaduais mobilizadores. Por isso, nosso programa nacional terá uma parte importante no estado, que será feita de maneira articulada com a FAPESP”, afirmou.

O presidente da FAPESP, Celso Lafer, ressaltou a importância da parceria. “A bioenergia é fundamental para o país e para o estado de São Paulo, ao passo que a preocupação com a mudança climática é sem dúvida nenhuma um dos grandes temas da agenda brasileira e da agenda internacional. Estamos convencidos de que, mediante os recursos que disponibilizaremos em con­junto, poderemos avançar no conhecimento nessas áreas e na sua aplicação prática”, disse. “Essas são preocupações de longo prazo e preocupações de Estado. O esforço que a gente está fazendo é de dar a isso um respaldo institucional, convencidos que estamos que esse é um interesse do Brasil que precisa ser cuidado”, resumiu.

Segundo o diretor científico Carlos Henrique de Brito Cruz, o memorando sinaliza um compromisso da FAPESP, do MCT e do CNPq para o financiamento das duas áreas de pesquisa. “O objetivo é a criação de conhecimento relevante e de impacto mundial na área de bioenergia e na área de mudanças climáticas globais”, destacou. O diretor científico salientou que o protocolo conduzirá à articulação de projetos do MCT com dois programas organizados pela FAPESP, um sobre bioenergia e outro sobre mudanças climáticas, que ainda serão anunciados. “O MCT organizou uma rede nacional de pesquisas sobre mudanças climáticas globais, que vai trabalhar de forma articulada com o programa da FAPESP e, eventualmente, com programas que outras instituições do país venham a desenvolver. Ao mesmo tempo, vamos discutir como a FAPESP poderá contribuir com o Centro de Pesquisas sobre Bioenergia que o MCT está organizando”, afirmou Brito Cruz.

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