
Nesse período ele conheceu Daniel Takahashi, médico formado que estava cursando uma segunda graduação em matemática. “Nas nossas conversas de café, ele me mostrou que métodos de séries temporais e estatística poderiam ser aplicados à área médica, não somente em epidemiologia, mas também em neurociências, para entender melhor o cérebro”, conta. “Decidi que era isso o que queria fazer, aplicar e desenvolver métodos quantitativos para entender melhor como o cérebro funciona em uma pesquisa interdisciplinar”, explica Sato. Começou o doutorado em 2004 com um projeto voltado para o desenvolvimento de métodos estatísticos e neuroimagem para responder a questões sobre a conectividade cerebral. Em 2006 fez doutorado-sanduíche no Instituto de Psiquiatria do King’s College, de Londres, na área de aprendizado de máquinas, e em 2009 passou em concurso para o Centro de Matemática, Computação e Cognição da Universidade Federal do ABC (UFABC). “A minha contratação e de outros cinco docentes deu início às atividades do Núcleo de Cognição e Sistemas Complexos, unidade vinculada à reitoria”, diz Sato. “O grupo conta atualmente com 30 docentes associados e incubou o primeiro bacharelado em neurociência do Brasil e também o programa de pós-graduação em neurociência e cognição da universidade.” Entre 2009 e 2014, Sato foi coordenador da equipe desse núcleo, que hoje abriga a infraestrutura laboratorial em neurociências e promove atividades de pesquisa, ensino e extensão na área. Atualmente, seu foco de pesquisa se concentra no estudo do neurodesenvolvimento, envelhecimento e bases neurais dos transtornos mentais.
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