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Estratégias

Estudo dos sambaquis

Nos próximos sete anos, pesquisadores do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da Universidade de São Paulo (USP) vão comparar as medidas e formas de mais de mil crânios com idade estimada entre 500 e 6.500 anos que foram resgatados em sambaquis de toda a costa brasileira, desde o Rio Grande do Sul até o Pará, e se encontram depositados em museus nacionais. Formações caracterizadas por grandes montes constituídos de conchas de moluscos e sedimento, geralmente com 2 ou 3 metros de altura, os sambaquis são sítios arqueológicos associados às primeiras populações humanas que habitaram o litoral do país.

Um dos objetivos do projeto é jogar luz sobre um antigo debate acadêmico: essas antigas populações costeiras pertenceram a apenas um grupo biológico, como acreditam alguns estudiosos, ou a dois ou mais povos distintos, como defendem outros especialistas. Na prática, a iniciativa produzirá uma síntese sobre a ocupação pré-histórica do litoral de cada Estado onde há sambaquis. As primeiras análises do projeto começaram em abril, com o estudo de 40 crânios encontrados no Paraná e em Santa Catarina.

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