A definição e a adoção de mecanismos mais rigorosos de proteção contra pesquisas potencialmente fraudulentas não estão acompanhando a ampliação do orçamento de pesquisa científica e tecnológica da União Europeia, que deve passar de € 57 bilhões de 2007 a 2012 para € 80 bilhões de 2012 a 2020. Em um artigo na revista Lancet de 5 de maio, porém, Xavier Bosch, médico da Universidade de Barcelona, Espanha, alertou para a necessidade de uma regulação urgente sobre definições de má conduta científica e dos procedimentos que poderiam ser adotados para evitá-la. Uma possibilidade, ele argumentou, é que, como nos Estados Unidos, a má conduta seja definida como a fabricação, falsificação ou plágio de dados científicos. Bosch sugere que a escrita anônima – o ghostwriting – nos artigos científicos da área médica também seja considerada má conduta. Ele propõe a expansão e valorização do Código de Conduta Ética já adotado nos contratos de financiamento a pesquisas financiados pela União Europeia.
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