Imprimir Republicar

BOAS PRÁTICAS

Ex-pesquisadora da Universidade Purdue não terá recursos federais pelos próximos 10 anos

Alice C. Chang, ex-professora associada da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, não poderá pleitear recursos públicos federais para suas pesquisas pelos próximos 10 anos. A punição resulta de investigações realizadas pela própria universidade em colaboração com o Escritório de Integridade Científica (ORI) norte-americano, as quais concluíram que ela fabricou dados e manipulou quase 400 imagens usadas em artigos científicos e vários pedidos de subvenção submetidos aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principal agência de apoio à pesquisa biomédica daquele país.

Graduada em farmácia na Universidade Nacional de Taiwan, em Taipei, a pesquisadora doutorou-se na Universidade da Califórnia e começou a trabalhar em Purdue em 2012. Segundo o ORI, Chang – também conhecida como Chun-Ju Chang – “reutilizou dados de modelos animais e linhagens celulares de forma consciente, intencional ou imprudente, com ou sem manipulação, para representar outros experimentos com diferentes modelos animais ou linhagens celulares em 384 figuras, usadas em dois papers e 16 solicitações de subsídios”.

Dois desses pedidos foram concedidos. Ao todo, Chang recebeu quase US$ 700 mil, entre 2018 e 2019, do Instituto Nacional do Câncer, uma divisão dos NIH, para empreender estudos sobre células-tronco em tratamento de câncer de mama.

Chang informou que solicitará a retratação de seus artigos fraudulentos e concordou em se tornar inelegível pela próxima década para novas subvenções. Ela também não poderá desempenhar funções de assessoria ou consultoria no Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, que inclui o NIH, pelo mesmo período.

Republicar