Em agosto, a FDA, agência federal dos Estados Unidos que regula medicamentos e alimentos, suspendeu a licença de uso da vacina Ixchiq (VLA1553) contra chikungunya, fabricada pela empresa austríaca Valneva. Produzida com uma versão viva e atenuada do vírus causador da doença, tinha sido aprovada em novembro de 2023. A decisão se apoia em preocupações sobre a segurança de uso da vacina, que parece estar causando sintomas semelhantes aos da chikungunya em indivíduos vacinados. Houve uma morte por encefalite diretamente atribuível à vacina e efeitos adversos graves, com sintomas semelhantes aos da chikungunya, incluindo 21 hospitalizações e três mortes. Em abril de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da Ixchiq para uso em pessoas com até 65 anos, após testes feitos por pesquisadores da Valneva e do Instituto Butantan. Por meio de nota, o Butantan informou que “vem acompanhando as avaliações dos órgãos regulatórios dos EUA”. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou a vacina em maio de 2024 e em maio deste ano publicou uma recomendação de cautela em aplicar essa vacina a idosos com comorbidades. A França registrou oito casos com efeitos adversos graves (FDA, 25 de agosto).
Republicar