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Saúde

Fluxos da gripe do frango

Os aspectos epidemiológicos e clínicos da gripe do frango, Influenza A aviária, além das pandemias causadas por esse tipo de vírus no século 20, estão em discussão no artigo – Influenza A aviária (H5N1): a gripe do frango? Os autores, Gabriela Costa e Alessandra Faria, ambas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Cássio Ibiapina, professor do curso de medicina da Universidade Alfenas (Unifenas), em Belo Horizonte, fizeram uma análise de todos os trabalhos publicados sobre o assunto nos últimos dez anos. Além das buscas nos principais bancos de dados médicos, os pesquisadores realizaram uma pesquisa direta, em que selecionaram 32 artigos originais. Todos repercutiam os surtos recentes de infecção por um subtipo de vírus influenza A aviária, o H5N1, em criações de aves domésticas na Ásia. A maioria dos casos está associada com a exposição direta a aves infectadas ou superfícies contaminadas com excrementos desses animais. O estudo mostra também que no Brasil, no período do outono e inverno, surtos de vírus sincicial respiratório levam a um aumento na veiculação de notícias na imprensa sobre infecções respiratórias virais. “Essas notícias lançam conceitos errôneos sobre a infecção pelo vírus Influenza A aviária, conhecida no Brasil como gripe do frango,”  afirmam os autores. Na Ásia, as recentes epidemias causadas pelo vírus Influenza A aviário demonstraram a capacidade desse agente em causar doença grave em seres humanos, sem nenhuma recombinação ou hospedeiro mamífero intermediário. “Isso nos alerta para o fato de que o próprio homem pode funcionar como um hospedeiro intermediário.”

Jornal Brasileiro de Pneumologia – vol. 31 – nº 5 – São Paulo – set./out. 2005

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