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Pandemia

Governo do estado de São Paulo quer começar a vacinar em janeiro

O plano de imunização, estabelecendo grupos prioritários e prazo, será anunciado nesta semana

O segundo lote da vacina chegou a São Paulo em 3/12

Governo do Estado de SP

O governo paulista pretende começar a vacinar a população do estado contra a Covid-19 em janeiro, dois meses antes do previsto pelo Ministério da Saúde, anunciou o governador João Doria na entrevista coletiva realizada na quinta-feira (3/12) no Palácio dos Bandeirantes. O plano de vacinação, com os grupos prioritários e prazos, deve ser apresentado nesta segunda, dia 7.

Os resultados dos testes clínicos da candidata a vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, que no Brasil são coordenados pelo Instituto Butantan, deverão ser comunicados publicamente ainda neste mês. Se a eficácia da formulação atingir os níveis desejados, a etapa seguinte será registrar o imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só depois da aprovação pela agência é que poderá ser aplicada.

“Estamos cumprindo as exigências da Anvisa e queremos levar a vacina à população o mais rapidamente possível”, comentou Dimas Covas, diretor do Butantan.

No dia 3, São Paulo recebeu o segundo lote da CoronaVac, o imunizante da Sinovac, com 600 litros, o equivalente a 1 milhão de doses, a serem embaladas pelo instituto paulista. O primeiro lote, que chegou em novembro, foi de 120 mil doses.

Segundo Covas, o estoque deverá atingir 46 milhões de doses até meados de janeiro e o governo paulista pretende oferecer ao Ministério da Saúde (MS) a possibilidade de vacinar também os moradores de outros estados.

Na Turquia
A Turquia anunciou que começará os testes com a Coronavac em 1.300 profissionais da saúde que trabalham em hospitais e em outras 12 mil pessoas da população geral, com idade entre 18 e 59 anos.

Como no Brasil, será um estudo duplo cego: os participantes receberão duas doses, com um intervalo de duas semanas entre elas, e só quando o teste for concluído é que saberão se receberam placebo ou a própria vacina.

Os resultados dos testes clínicos fase 1 e 2, com menos participantes, foram publicados em novembro na Lancet Infectious Diseases e indicaram que a Coronavac é segura e pode induzir a produção de anticorpos contra o vírus causador da Covid-19.

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