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Medicina

Homenagem a Henrietta Lacks e suas células

Placa em homenagem a Henrietta Lacks em Clover, localidade do condado de Halifax, no estado de Virgínia, Estados Unidos

Wikimedia Commons

A Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, nomeará seu novo prédio de pesquisa sobre ética em homenagem a Henrietta Lacks. Negra e dona de casa, ela foi levada ao hospital da Johns Hopkins em meados de 1951 com um sangramento vaginal intenso. Os médicos detectaram câncer de colo do útero e coletaram amostras do tecido tumoral, sem seu consentimento, como era hábito à época. Também sem o conhecimento dela, multiplicaram as células em laboratório, gerando a primeira linhagem de células imortais. Essa linhagem celular, conhecida pela sigla HeLa, contribuiu para o estudo de genes ligados ao câncer, para o desenvolvimento da vacina contra a poliomielite e para entender o efeito de toxinas, vírus e radiação sobre células humanas. Henrietta morreu em outubro de 1951, mas suas células continuam vivas em laboratórios do mundo todo.

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