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Dados

Impactos dos resultados do Censo de 2022

  • A população do Brasil registrada pelo Censo de 2022 e divulgada recentemente pelo IBGE (203.062.512 pessoas) revelou-se 5,5% menor do que a até então utilizada (214.828.540), oriunda das projeções populacionais de 2018, que tomavam como base a contagem de 2010
  • A revisão do tamanho da população atingiu todas unidades da federação, à exceção de Mato Grosso e Santa Catarina. As maiores diferenças (acima de 8%) ocorreram nos estados da região Norte, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro
  • Para os estados com mais de 10 milhões de habitantes, o Rio de Janeiro apresentou a maior superestimação (8,6%). Em seguida vieram Bahia (6,0%), São Paulo e Rio Grande do Sul (5,5%), Minas Gerais (4,6%) e Paraná (2,0%)
  • Os novos valores para a população residente afetam dados utilizados para políticas governamentais. Indicadores que tomam a população como denominador, como o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, também sofrerão impactos dos novos números populacionais
  • No caso de indicadores de ciência, tecnologia e inovação, há, por exemplo, os de publicações científicas e o número de doutores titulados por 100 mil habitantes
  • O número de publicações científicas por 100 mil habitantes para o Brasil passou de 27,9 para 29,5, ao se utilizar a população censitária, e, para São Paulo, de 53,5 para 56,6
  • Apesar desse aumento, São Paulo perdeu a terceira posição, nacionalmente, para o Rio de Janeiro (e a segunda posição, entre os estados com pelo menos 10 milhões de habitantes). A revisão da população fluminense foi expressiva, o que implicou aumento do seu indicador, que passou de 52,8 para 57,8 publicações por 100 mil habitantes
  • Em relação à titulação de doutores por 100 mil habitantes, o comportamento foi semelhante. Nesse caso, São Paulo manteve-se na quinta posição, nacionalmente, com 13,3 doutores titulados por 100 mil habitantes, acima da média nacional (10,2), mas ganhou uma posição entre aqueles com mais de 10 milhões de habitantes, superando o Paraná, mas ainda abaixo do Rio Grande do Sul (20,0) e do Rio de Janeiro (16,0) (ver acima)

Nota (1) Dados referentes a 2021, uma vez que os de 2022 não estão disponíveis. Fontes Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Incites, Web of Science, Clarivate, Dados baixados em 01/07/2023; Microdados da Base Sucupira, CAPES/MEC, baixados em janeiro/2023 Elaboração FAPESP, DPCTA/Gerência de Estudos e Indicadores

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