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boas práticas

Incongruências estatísticas

Métodos estatísticos podem ser úteis para auxiliar investigações de má conduta científica, mostrou um estudo de Mark Bolland, professor da Escola de Medicina da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, publicado na revista Neurology. Ele analisou 33 estudos clínicos de terapias para doenças ósseas realizados por um grupo liderado pelo médico Yoshihiro Sato, do Hospital Mitate, em Tagawa, no Japão. Encontrou várias incongruências. As características dos grupos de pessoas escolhidas para participar dos ensaios eram muito parecidas, algo difícil de acontecer ao acaso.

Os estudos tiveram resultados impressionantes, com uma redução de 78% no risco de os pacientes sofrerem fraturas de quadril em relação ao grupo de controle. Trabalhos de outros grupos apontaram resultados mais tímidos, com redução de risco de fratura entre 0% e 40%. A escolha dos estudos de Sato como alvo não foi ocasional. Em junho, três artigos de autoria do japonês foram retratados pela própria revista Neurology. Sato admitiu ter fabricado dados nos papers, que avaliaram tratamentos para reduzir fraturas em pacientes que tiveram derrames ou sofrem de doença de Parkinson.

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