A sonda Mangalyaan, da agência espacial indiana, completou com sucesso a sua entrada na órbita de Marte, no dia 24 de setembro. “Hoje fizemos história”, declarou o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na sala de controle da missão, em Bangalore. Desenvolvida em apenas três anos, a sonda teve custo reduzido: cerca de US$ 74 milhões, ou R$ 178 milhões. A sonda norte-americana Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution), que entrou na órbita do planeta vermelho dois dias antes da Mangalyaan, custou US$ 671 milhões. O premiê Modi chegou a fazer piada com o custo da sonda, lembrando que saiu mais barato do que o orçamento do filme Gravidade. A Mangalyaan pesa 1,5 tonelada e vai coletar dados pelos próximos seis meses. Leva a bordo equipamentos destinados a medir a presença de metano na atmosfera do planeta vermelho. Os responsáveis pela missão admitem que as ambições científicas são menos relevantes do que a demonstração da capacidade tecnológica do país. “Tratou-se de uma impressionante façanha de engenharia e damos as boas-vindas à Índia na sua entrada na família das nações que estudam o planeta vermelho”, disse em comunicado Charles Bolden, o administrador da Nasa. A Índia é o primeiro país a colocar um satélite na órbita de Marte logo na primeira tentativa: até agora, o feito havia sido obtido apenas pela agência europeia ESA, que reúne um conjunto de países. Japão e China tentaram mandar sondas a Marte, mas fracassaram. Estados Unidos e Rússia já tiveram sucesso, mas, ao contrário da Índia, falharam em seus voos inaugurais.
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