Enquanto não surge vacina ou tratamento eficaz contra a dengue, a única forma de prevenir e controlar a doença é combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus causador da enfermidade. Depois de analisar a relação custo-benefício de 43 estratégias de uso de inseticidas contra o vetor da dengue, Paula Mendes Luz, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, concluiu que é melhor atacar o A. aegypti quando adulto do que no estágio de larva (The Lancet, 15 de maio de 2011). A utilização de compostos de grande letalidade contra a forma imatura do mosquito pode reduzir o impacto da dengue por até dois anos enquanto a mesma abordagem contra insetos adultos produziria efeitos por até quatro anos. Usar inseticidas poderosos, no entanto, poderia causar um efeito colateral: aumentar a vilurência das futuras epidemias. Os mosquitos poderiam se tornar mais resistentes ao veneno e a quantidade de pessoas imunes à dengue poderia diminuir.
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