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Química

Instituto apóia políticas públicas municipais

IQ da Unesp, em Araraquara, diversifica pesquisas

A expansão atual do Instituto de Química (IQ), da Unesp de Araraquara e sua crescente participação em importantes projetos científicos estão diretamente relacionadas com as reformas realizadas com recursos do Programa de Infra-Estrutura da FAPESP. “O Infra está em toda a instituição”, diz a professora Elizabeth Berwerth Stucci, diretora do IQ. Os recursos financiaram reformas das redes elétricas, hidráulicas e de sistemas de segurança.

“A melhoria de qualidade de nossas pesquisas nos permitiu pleitear a participação no Cepid, junto com o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos da UFSCar. E para abrigá-lo, a universidade já está construindo um terceiro prédio”, conta Elizabeth. A modernização dos laboratórios possibilitou a participação dos pesquisadores no projeto de seqüenciamento do Genoma Xanthomonas e no Programa Biota-FAPESP.

A nova estrutura possibilitou também ao IQ participar do CT-Petro, um programa nacional gerenciado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que investiga novas metodologias de análise da qualidade dos combustíveis, e ainda manter um Centro de Monitoramento e Pesquisa da Qualidade de Combustível, em convênio com a Fundunesp e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para monitoramento de 1.340 postos de abastecimento no Estado.

No Laboratório de Materiais Fotônicos, o programa criou condições para a instalação de uma torre de extensão de fibras ópticas da Telebrás, única na América Latina. Com isso foi possível fechar um convênio com a Ericsson para desenvolvimento de novas fibras ópticas. Também no Laboratório de Química Ambiental, as melhores condições de trabalho ampliaram a interação com prefeituras, para controle e monitoramento de usinas de compostagem de lixo, e com empresas como a Embraer, para acompanhamento e avaliação dos mananciais da área de instalação da nova fábrica na cidade de Gavião Peixoto.

Para José Arana Varela, do Laboratório de Síntese de Processamento Cerâmico e do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, um dos Cepids mantidos pela FAPESP, o Infra contribuiu significativamente para o desenvolvimento da pesquisa básica. “A construção de uma sala limpa com boa exaustão, ar-condicionado e fluxo de ar filtrado nos permitiu deslanchar pesquisas com filmes finos e estudos de nanomateriais”, diz ele. “A nova estrutura de trabalho alavancou pesquisas de ponta e vai possibilitar a melhoria de atendimento às necessidades de empresas de porte como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e White Martins”, conclui Varela.

Vidraria
A Vidraria da Unesp, única na região, também recebeu verbas para reformas no sistema de exaustão, de vital importância para a atividade. “Nossos vidreiros trabalham com sílica e maçaricos, em altas temperaturas e muito próximo das partículas de sílica que podem causar problemas de saúde”, explica Antônio Eduardo Mauro, coordenador. Outra melhoria proporcionada pela reforma foi a construção de uma capela, anexa à oficina, para uso de gravação em vidros que exige a manipulação de solventes tóxicos.

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