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Boas práticas

Investigação acusa funcionários de universidade de assédio e racismo

Uma investigação independente feita pela consultoria jurídica britânica Howlett Brown apontou práticas de bullying, assédio e racismo comandadas por funcionários da Escola de Arquitetura Bartlett, vinculada ao University College de Londres (UCL). Um relatório de 120 páginas divulgado pela empresa, baseado em cerca de 300 entrevistas com alunos, ex-alunos e funcionários da instituição, identificou uma “cultura tóxica de ensino e aprendizagem” vigente há décadas. Vinte e quatro testemunhos diferentes denunciaram um funcionário que “enganava os alunos sobre seu progresso acadêmico, zombava e rebaixava estudantes, fazia comentários sexistas e agredia verbalmente as alunas”. Outro servidor, que desempenhava um cargo de chefia, foi citado por 27 entrevistados por seu comportamento misógino, antissemita e preconceituoso, e por acobertar comportamentos inadequados de colegas. Outros funcionários foram acusados de racismo contra alunos chineses e de organizar festas com estudantes onde havia consumo de drogas.

Os nomes dos funcionários não foram revelados. A direção da escola anunciou o afastamento deles do contato direto com alunos assim que o relatório foi divulgado. O reitor da UCL, Michael Spence, admitiu que “algo deu terrivelmente errado” na escola, mas afirmou que está comprometido em agir. “Os testemunhos expõem práticas indesculpáveis e perniciosas de bullying e outros comportamentos inaceitáveis que estão completamente em desacordo com os valores em que a UCL foi fundada”, afirmou, de acordo com a revista Times Higher Education.

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