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Tecnociência

Laser para a indústria de plásticos

O laser ganhou nova função no meio industrial. Ele é usado pela empresa LaserTools, de São Paulo, para desenhar eletrodos de cobre em três dimensões que vão servir para gravar por eletroerosão peças de aço usadas nas máquinas injetoras de plástico. Essas máquinas preenchem o molde de aço com plástico para a reprodução das peças. A nova técnica substitui a pantografia, um processo mecânico e lento de gravação que usa fresas e brocas para desenhar os moldes e os eletrodos. O laser é dez vezes mais veloz e faz peças com mais detalhes e precisão.

Os primeiros trabalhos foram feitos para a Fiat, por meio da Mecanel, na confecção da coroa de louros que forma o logotipo da empresa. Para a General Motors foi feito um eletrodo para a produção da manopla do câmbio. Outro uso do laser é gravar diretamente nos moldes para inserir inscrições nas paredes de utensílios de plástico, como da marca Ziplock e peças da Pial Legrand utilizadas em conectores elétricos.

A LaserTools continua, dessa forma, a inovar. Fundada em 1999 por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a empresa instalou-se no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) na Cidade Universitária. Com o financiamento do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) (veja Pesquisa FAPESP nº 50), a LaserTools implementou – com equipamentos e técnicas desenvolvidos na empresa – estampagens metálicas de alta precisão, gravações de logomarcas, além de produção de painéis de auto-rádios.

Em 2002, com faturamento de R$ 1 milhão, saiu da incubadora. “Lançamos técnicas copiadas por empresas que compraram equipamentos e agora são nossas concorrentes”, diz o físico Spero Penha Morato, um dos sócios fundadores da empresa. “Mas continuamos na frente, sempre inovando.”

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