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Brasil

Leishmanioses sob escrutínio

A genômica agora promete ajudar a medicina a compreender melhor os diferentes tipos de leishmaniose, doença causada por algumas espécies do protozoário Leishmania, que faz 2 milhões de novas vítimas por ano – não existe vacina contra a leishmaniose e poucos medicamentos a combatem com eficiência. Em artigo publicado na Nature Genetics, uma equipe internacional que inclui pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto apresenta o seqüenciamento do genoma de duas espécies do gênero Leishmania: L. infantum e L. braziliensis. O grupo comparou os dados novos com os do genoma de L. major, seqüenciado anteriormente, e encontrou mais semelhanças do que o esperado. Agora os pesquisadores pretendem identificar genes exclusivos de cada espécie e desvendar como são regulados por interferência de RNA. Desse modo, eles esperam contribuir para o entendimento dos três tipos de leishmaniose – visceral, cutânea e mucocutânea -, além de identificar trechos de DNA comuns apenas a essas espécies do protozoário que possam ser usados em medicamentos ou vacinas.

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