Desde 1º de julho, pesquisadores que recebem financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), a principal agência de pesquisa biomédica dos Estados Unidos, devem disponibilizar seus artigos científicos de forma livre na internet assim que eles forem publicados em uma revista científica. Essa política, criada pelo ex-presidente Joe Biden, deveria entrar em vigor em dezembro em todas as agências de fomento à pesquisa norte-americanas, mas o governo de Donald Trump decidiu antecipar sua vigência no caso dos NIH. A mudança de data pegou as universidades de surpresa. “Sempre há alguma confusão ou até mesmo alguma não conformidade após a entrada em vigor de uma nova política, mas acredito que as universidades acabarão se adequando”, disse à revista Nature Peter Suber, diretor do Projeto de Acesso Aberto da Universidade Harvard.
Para autores que já publicam seus artigos em revistas de acesso aberto, haverá poucas mudanças. Eles precisarão zelar para que uma cópia do paper seja depositada no repositório PubMed Central logo que for publicado. Já quem recorre a revistas que só dão acesso a artigos cobrando taxas ou assinaturas de leitores precisará negociar com a editora do periódico e se certificar de que tem permissão para que o artigo fique disponível imediatamente. Muitas revistas e editoras mantêm artigos fechados por um período de embargo de seis a 12 meses, um modelo vetado pelas novas diretrizes. Uma alternativa é publicar em periódicos que, embora sejam de acesso fechado, permitem ao autor depositar no PubMed Central a versão do artigo aceita para publicação, mas não finalizada e formatada. Esse modelo, oferecido, por exemplo, pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), que publica a revista Science, está em conformidade com a nova política.
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