Sem necessidade de trilhos e rodas, um trem de levitação magnética com tecnologia nacional irá percorrer um trecho de 100 metros durante a fase de testes no campus da Ilha do Fundão, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Batizado de Maglev-Cobra, o veículo que começou a ser projetado em 1998 pelos pesquisadores do Laboratório de Aplicações de Supercondutores da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (Coppe), em parceria com a Escola Politécnica e o Instituto de Física da UFRJ, utiliza uma tecnologia baseada na formação de um campo magnético de repulsão entre os trilhos e os módulos de levitação, formados por pastilhas supercondutoras compostas de ítrio, bário e cobre. Para criar esse campo, que faz o trem levitar, os pesquisadores resfriam os supercondutores a uma temperatura negativa de 196ºC, utilizando nitrogênio líquido. Coordenado pelo professor Richard Stephan, da Coppe, o projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), no valor de R$ 4 milhões.
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