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Brasil

Linha de montagem em sintonia com a arte

Fundir arte e tecnologia. Essa é a proposta do projeto Op_Era Sonic Dimension, criado pelas artistas plásticas brasileiras Daniela Kutschat e Rejane Cantoni e exposto desde o final de abril no Beall Center for Art Technology, uma mostra de tecnologia digital apresentada pela Universidade da Califórnia, em Irvine, nos Estados Unidos. O Sonic Dimension é uma instalação interativa concebida como um instrumento musical. Ele tem a forma de um cubo preto e aberto, preenchido por centenas de linhas brancas em cada parede, parecidas com as cordas de um violino. Cada linha funciona como uma corda afinada em determinada freqüência. Ao entrar na sala, o visitante é examinado em detalhes por sensíveis microfones e 72 sensores eletrônicos ligados a um Controlador Lógico Programável (CLP), da empresa Atos Automação, e por meio dele a computadores. Nas linhas de montagem de fábricas, o CLP é utilizado para controlar máquinas. Na instalação, ele monitora tudo o que ocorre na sala. “Quando o visitante interage com as linhas da projeção, necessariamente ele interrompe uma ou mais fotocélulas. Ao interromper uma fotocélula, esta informação é levada ao microcomputador, que produz as saídas sonoras e visuais do projeto”, relata Luciano de Oliveira, diretor de Tecnologia e Marketing da Atos Automação. Qualquer som ou movimento feito pelo visitante é  “entendido” pela sala.  A sala responde, em tempo real, a qualquer solicitação, fazendo oscilar as linhas correspondentes à freqüência de voz ou de ruído, ou ainda à posição do visitante. Na prática, a sala responde com música à presença humana em seu interior.

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