Freud: a presença da antiguidade clássica
Ana Lúcia Lobo — Associação Editorial Humanitas / FAPESP, 332 páginas / R$ 30,00
A partir do estudo aprofundado da bibilioteca particular de Freud, incluindo-se todas as anotações e grifos feitos pelo pai da psicanálise neles, a pesquisadora quis averiguar a ligação fundamental entre os seus estudos e descobertas e as suas leituras sobre textos da antiguidade clássica. O que surge é um painel fascinante de como boa parte das conclusões que levaram à criação da psicanálise derivam dessas suas buscas pela cultura dos gregos e romanos.
Associação Editorial Humanitas (11) 3091-2920
www.fflch.usp.br/humanitas
Um moralista nos trópicos: o Visconde de Cairu e o Duque de la Rochefoucauld
Pedro Meira Monteiro — Boitempo, 328 páginas / R$ 42,00
A obra restabelece o diálogo entre o Visconde de Cairu e o autor francês das Máximas. Assim podemos colocar frente a frente um dos fundadores do Império brasileiro e o cínico espectador da decadência da aristocracia francesa moderna. Entre os dois, em comum, o conservadorismo como ideal. Mas com base também, já que se colocava diante de ambos o dilema de erguer uma sociedade e depois mantê-la, contendo “desvios” de conduta.
Boitempo Editorial (11) 3872-6869
www.boitempo.com
Nascimento da antropologia cultural: a obra de Franz Boas
Margarida Maria Moura — Editora Hucitec, 400 páginas / R$ 65,00
Nascido em 1883, na Alemanha, Franz Boas, após uma viagem ao Canadá, escreveu um artigo que virou o destino da antropologia. Ao criticar o método evolucionista vitoriano, lançou as bases para a uma nova antropologia, que deixava de ser feita nos gabinetes para se desenvolver no trabalho de campo. Entre os seus vários discípulos, mesmo indireto, está o nosso Gilberto Freyre.
Editora Hucitec (11) 3060-9273
www.hucitec.com.br
Grandesertão.br
Willi Bolle — Duas Cidades / Editora 34, 480 páginas / R$ 44,OO
Um especialista na literatura rosiana, o professor de literatura alemã da Universidade de São Paulo, Willi Bolle, consegue a proeza de trazer uma nova luz ao mais estudado dos textos de Rosa, Grande Sertão: Veredas. Para Bolle, o clássico pode ser lido como uma reescrita crítica de Os Sertões, de Euclides da Cunha, e, dessa forma, o pesquisador consegue inserir a obra de ficção em meio a todo o manancial de grandes estudos de interpretação do Brasil, entre esses, os estudos de Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Faoro, Celso Furtado e, entre outros, Antonio Candido.
Livraria Duas Cidades (11) 3331-5134 / Editora 34 (11) 3816-6777
www.duascidades.com.br / www.editora34.com.br
Modos de ver a produção do Brasil
José Ricardo Figueiredo — Autores Associados/EDUC/FAPESP, 648 páginas / R$ 59,00
Baseado no conceito marxista de modos de produção, o autor traça um panorama fascinante das várias teorizações que pretendem dar conta de como se estruturou o processo econômico e social brasileiro. Trata-se, sem dúvida, de um trabalho de fôlego,
que analisa, de forma consistente, as idéias de Celso Furtado, Varnhagen, Roberto Simonsen, etc.
Educ (11) 3873-3359
www.pucsp.br/educ
A militarização da burocracia: a participação militar na administração federal das comunidades e da educação
Suzeley Kalil Mathias — UNESP/FAPESP, 232 páginas / R$ 35,00
Uma tema delicado tratado com seriedade nessa pesquisa sobre como se deu a relação entre os militares e as políticas públicas, entre os anos de 1963 e 1990, ou seja, pouco antes do golpe e no fim da ditadura. É de assustar o quanto educação e comunicação atuais estão presas ao passado autoritário dos anos de chumbo.
Editora da Unesp (11) 3242-7171
www.editoraunesp.com.br