Em 11 expedições feitas em três praias em novembro de 2022, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) coletaram 1.062 itens de plástico (tampas de garrafas de refrigerantes e água, embalagens de cosméticos e potes de alimentos), com um peso total de 9,7 quilogramas (kg). A maioria (70,4% dos itens) apresentava uma degradação moderada, o que permitiu a identificação das marcas e logotipos. A análise das marcas indicou que a maioria dos itens veio da África (78,5%) e uma minoria (15,7%) do Brasil e de outras nações (5,8%). Entre os produtos africanos, foram identificadas 31 marcas e 31 empresas, principalmente (mais de 90%) da República Democrática do Congo, mas também da Costa do Marfim, África do Sul, Camarões, Angola, Nigéria e Gana. Simulações de ventos e correntes marinhas reforçaram a conclusão de que os plásticos se originaram da costa oeste da África, e o rio Congo, que deságua no mar, poderia ser a principal fonte dos resíduos plásticos que chegaram às praias brasileiras (Science of The Total Environment, dezembro).
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