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Estratégias

Mais espaço para a vida humana?

O comitê consultivo dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, mergulhou numa polêmica ao analisar uma nova norma para apresentação de projetos – as propostas de estudos que envolvam vidas humanas poderiam ter até 18 páginas, uma exceção ao limite de 12 páginas estabelecido no ano passado. “Há um pedido eloquente dos nossos avaliadores para abrir espaço a informações adicionais, principalmente nos projetos que envolvem estudos clínicos”, disse à revista Nature Raynard Kington, diretor dos institutos. Segundo ele, projetos envolvendo seres humanos merecem um espaço maior para que os pesquisadores possam expor estratégias e riscos, além de esmiuçar a metodologia escolhida. Está nas mãos de Kington decidir a mudança, mas a proposta teve a oposição de boa parte do comitê consultivo – um dos temores é que a pesquisa básica saia prejudicada. “É uma péssima ideia”, disse Thomas Kelly, diretor do Sloan-Kettering Institute, em Nova York. “Trata-se de um convite para trapacear. Basta dizer que a pesquisa envolve pessoas para ganhar mais 50% de espaço.” A geneticista Mary-Claire King, da Universidade de Washington, em Seattle, argumentou que projetos envolvendo pessoas não requerem mais espaço do que aqueles sobre “moscas, vermes, ratos, bactérias ou leveduras”.

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