Enquanto milhões de pessoas continuam a ser infectadas com o vírus causador da Aids, sobretudo na África, um estudo identificou um conjunto de ações simples e baratas que reduzem o contágio entre adolescentes do Quênia, especialmente as garotas. No país da África Oriental, onde a miséria leva meninas a fazer sexo com homens em troca de dinheiro ou presentes, a prevalência de Aids é sete vezes maior entre adolescentes do sexo feminino do que do sexo masculino. Financiado pelo grupo Parceria para o Desenvolvimento Infantil, o estudo mostrou que, quando as garotas pobres recebiam uniformes escolares de graça em vez de ter de pagar US$ 6 por eles ainda hoje a principal barreira para o acesso à educação no Quênia, caía significativamente a chance de ficarem grávidas ou contraírem o HIV. Os pesquisadores constataram que debates em sala de aula sobre a importância dos preservativos levavam a um aumento no seu uso. ?Relutei em me envolver nesta pesquisa, porque é um daqueles problemas em que nada parece funcionar. Fiquei feliz em ver as coisas funcionando?, disse ao jornal The New York Times o economista Michael Kremer, da Universidade Harvard. O estudo foi realizado durante três anos junto a 70 mil estudantes em 328 escolas do Quênia.
Republicar