Se os planos correrem como anunciado em novembro, o governo do Maranhão deve iniciar este ano o financiamento à instalação de quase mil agroindústrias de beneficiamento do babaçu, uma das bases da economia do estado. Essa possibilidade se apoia no trabalho desenvolvido desde 2004 pela Fundação Mussambê. Sediada em Juazeiro do Norte, Ceará, essa instituição criou tecnologias de processamento do babaçu, reconhecidas em 2006 com o Prêmio Finep de Inovação e em 2008 com o Prêmio Von Martius de Sustentabilidade. Com apoio da Petrobras e do Ministério do Meio Ambiente, o núcleo de tecnologia social dessa fundação instalou três fábricas de beneficiamento de babaçu no Maranhão, depois de ter colocado outras três para funcionar no Ceará. Segundo Daniel Walker Junior, coordenador do núcleo, cada fábrica beneficia de 15 a 20 famílias. Quem vive do babaçu trocou o machado com que antes quebrava os cocos de babaçu pelas máquinas projetadas pelo químico industrial Gilberto Batista Barros. Essas máquinas cortam os cocos, retiram as amêndoas e extraem óleo e torta para ração animal. A produtividade saltou de mil cocos quebrados por dia pelo método artesanal para 30 mil e a produção de óleo, de 20 litros por semana para 100 litros em oito horas.
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