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Boas práticas

Maus antecedentes

Organização faz campanha para que universidades compartilhem dados de assediadores

Universidades do Reino Unido estão sendo convocadas a participar de um esforço para evitar que professores e funcionários acusados de assédio sexual afastados de suas funções se transfiram para instituições acadêmicas desavisadas. Uma campanha em curso busca engajar o maior número possível de universidades no Esquema de Divulgação de Má Conduta, estratégia para compartilhar entre as instituições signatárias a identidade de agressores ou molestadores condenados em processos disciplinares ou indivíduos sujeitos a investigações e compartilhar a identidade deles.

De acordo com o material da campanha, não há uma lista negra nem um banco de dados com nomes de assediadores. A troca de informações é descentralizada e as instituições participantes assumem dois compromissos. O primeiro é verificar de forma sistemática em suas novas contratações se o candidato teve questões relacionadas a assédio sexual com empregadores anteriores. O segundo é o de responder a esse tipo de verificação sobre ex-funcionários feita por terceiros.

“É extremamente preocupante quando funcionários mudam repentinamente de instituição durante uma investigação sobre má conduta sexual, porque isso pode permitir que eles mantenham tais comportamentos e escapem de punição”, disse à revista Times Higher Education Anna Bull, pesquisadora do Departamento de Educação da Universidade de York, na Inglaterra, e diretora do Grupo 1752, uma organização criada para combater o assédio sexual no ensino superior. “Infelizmente, essa é uma ocorrência comum.”

O esquema foi criado em 2019 e direcionado para combater o assédio sexual em organizações humanitárias – duas agências das Nações Unidas e organizações filantrópicas como a Oxfam e a Cruz Vermelha Britânica estão entre as 240 signatárias. Ao menos 230 processos de contratação já foram afetados pela cooperação. Segundo Bull, se muitas instituições de ensino superior aderissem à estratégia, seria mais fácil para todas elas saber se novos funcionários e docentes enfrentaram investigações.

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