Fruto de uma árvore encontrada só no Brasil, principalmente em áreas de tabuleiros, baixadas litorâneas e restingas do Nordeste, a mangaba vendida no país vem quase toda da ação extrativista. Um estudo divulgado no mês passado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, revela um cenário preocupante para o futuro dessa atividade em Sergipe, responsável por metade da produção nacional de 700 toneladas de mangaba. Segundo o levantamento, nos últimos seis anos houve uma redução de aproximadamente 30% (10.456 hectares) na área de ocorrência natural de mangabeiras no estado. O estudo comparou a situação atual com a de 2010, quando um trabalho semelhante mapeou os lugares com árvores da espécie Hancornia speciosa, nome científico da mangabeira, em nove municípios sergipanos. Os dois problemas que mais contribuíram para a redução da zona ocupada pela espécie foram o desmatamento da vegetação nativa (para abrir espaço ao plantio de cana-de-açúcar e eucalipto e à indústria da construção civil) e o cercamento de áreas de vegetação.
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