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BOAS PRÁTICAS

Metade dos acadêmicos no Marrocos admite ter cometido plágio

Metade dos estudantes e pesquisadores do Marrocos admite ter cometido plágio

O plágio é um dos principais problemas de má conduta nas instituições de ensino superior do Marrocos, segundo estudo que analisou a percepção da comunidade acadêmica daquele país sobre essa prática e os principais fatores associados a ela. Sob coordenação do médico Khalid El Bairi, da Faculdade de Medicina e Farmácia da Universidade Mohamed I, em Ujda, os autores entrevistaram 1.220 estudantes de graduação e pós-graduação, doutores, pesquisadores em estágio de pós-doutorado e professores de todas as universidades públicas e privadas do país. Quase metade dos participantes (49%) reconheceu ter copiado trechos de outros trabalhos em algum momento da carreira. Poucos conseguiram identificar como condenáveis todas as alternativas de uma lista com quatro definições padrão de plágio, embora a maioria afirmasse ter conhecimento adequado sobre o assunto. O estudo foi publicado em agosto na revista Accountability in Research.

Segundo o trabalho, os casos nem sempre são intencionais e muitas vezes estão relacionados à pouca familiaridade com o idioma inglês entre estudantes marroquinos. As dificuldades para parafrasear ideias desempenham um papel importante na incidência do problema, assim como a restrição de tempo para produzir textos originais, de acordo com o estudo. Uma maneira de combater o plágio, indicam os autores da pesquisa, seria investir em capacitação sobre integridade em pesquisa. O problema é que mais de um terço dos entrevistados informou que esse tipo de treinamento não é oferecido pelas instituições marroquinas de ensino superior.

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