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Química

Método diferencia a identidade química dos cafés

Cada variedade tem seu próprio espectro eletromagnético, de acordo com a composição química

Jeevan Jose / Wikimedia Commons

Uma técnica elaborada por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Embrapa Rondônia e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) define instantaneamente, com uma acurácia superior a 90%, a origem de cafés brasileiros da espécie canéfora (Coffea canephora) dos principais estados produtores (Espírito Santo, Rondônia e Bahia) e distingue suas variedades botânicas (conilon e robusta) e os cultivares de café canéfora. Validado por meio da análise de 527 amostras de canéfora e arábica (Coffea arabica) com e sem indicação de origem, o método emprega a espectroscopia em infravermelho próximo e métodos estatísticos para análise de dados de origem química. O equipamento emite radiação eletromagnética sobre a amostra a ser analisada e um sistema de detecção registra o sinal. As informações geram os espectros, que variam de acordo com a composição química. “Os cafés canéforas brasileiros estão se destacando e atingindo uma qualidade sensorial comparável à do arábica”, disse à Agência FAPESP Michel Rocha Baqueta, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, um dos autores do método. “Produtos considerados especiais e com indicação geográfica apresentam maior valor comercial” (Journal of Food Composition and Analysis, março; Analyst, abril).

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