Uma variedade altamente contagiosa do vírus da gripe aviária H5N1 devastou as populações de elefantes-marinhos-do-sul (Mirounga leonina), na Argentina. Em outubro de 2023, ao percorrerem a península Valdés na região central do litoral do país, biólogos da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem encontraram uma praia de 13 quilômetros coberta de cadáveres de elefantes-marinhos: 70% dos 1.891 filhotes haviam morrido. No mesmo local, na mesma época do ano anterior, a mortalidade tinha sido de 0,8% para 3.135 filhotes nascidos. Resultados semelhantes foram encontrados em outras praias. A estimativa é de que mais de 17.400 filhotes – ou 96% do total – possam ter morrido por causa do vírus, depois identificado no Serviço de Saúde Animal do governo argentino. Em um dos locais examinados, onde se esperava encontrar milhares de filhotes desmamados, havia apenas 58. Essa perda equivale a quase uma geração inteira de elefantes-marinhos na região. Quando adultos, os machos dessa espécie são de três a quatro vezes maiores que as fêmeas. Os maiores podem pesar até 4 toneladas e medir mais de 6 metros (m), mas em geral os machos têm cerca de 2 toneladas e 4 m, ao passo que a média das fêmeas é de 500 quilogramas e 2,70 m. Com esse episódio, subiu para 345 o número de espécies conhecidas de aves e mamíferos que o vírus da gripe aviária consegue infectar. (Marine Mammal Science, 25 de dezembro de 2023; ScienceAlert, 23 de janeiro).
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