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Dados

Mulheres e ocupações em C&E: o caso dos Estados Unidos

  • É crescente e generalizada a atenção sobre a presença de mulheres nas atividades de ciência e engenharia (C&E)1. Nos Estados Unidos, a National Science Foundation (NSF) acompanha a inserção feminina nessas atividades desde 1993
  • O gráfico abaixo mostra que, naquele país, as mulheres vêm ampliando sua presença na maior parte dos grupos ocupacionais associados a C&E2
  • As duas áreas de atividades que apresentam maior participação feminina são as de ciências sociais e de ciências da vida e meio ambiente. Na primeira, a presença feminina passou de 51% para 65%, na segunda, de 34% para 48%
  • Em contraste, entre os que atuam em ciência da computação e matemática, a participação feminina se retraiu, passando de 31% para 26%, no mesmo período. Nas ciências físicas (física, química, ciências da Terra), houve crescimento e o indicador atingiu 35% em 2019
  • Nas engenharias, houve crescimento, mas a participação feminina estava em apenas 16% ao final do período, mantendo-se como a área de menor participação de mulheres nas áreas diretamente ligadas a C&E
  • Nas áreas de atividade relacionadas a C&E, que incluem não pesquisadores (como médicos, professores etc.), com dados a partir de 2003, mostra-se a predominância feminina e ligeira tendência ascendente da inserção das mulheres nessas ocupações (de 55% para 57%, no período)
  • A menor presença das mulheres em ocupações associadas à ciência da computação e à matemática reflete-se também nas informações sobre sua formação em níveis de graduação e pós-graduação
  • O gráfico abaixo mostra ser pequena a participação feminina entre os graduandos (pouco menos de 20%) e pós-graduandos norte-americanos, em 2018
  • Ainda que a presença de mulheres venha se ampliando desde 1998, em especial entre os pós-graduandos, as informações mais recentes ilustram os desafios que ainda persistem para a atração de meninas e mulheres para essas áreas do conhecimento
  • Esses conjuntos de indicadores, mesmo produzidos e utilizados ao longo de décadas na avaliação e formulação das políticas públicas norte-americanas, revelam que o progresso é lento e complexo e sugerem a importância de se construírem indicadores similares para o caso brasileiro

Notas (1) As ocupações de C&E consideradas pela NSF são: engenharia, ciência da computação e matemática, áreas de ciências da vida (biológica, agricultura e meio ambiente), ciências físicas e relacionadas (química e ciências da Terra) e ciências sociais e relacionadas (economia, ciência política, psicologia, antropologia etc.) (2) As posições de trabalho em C&E estão detalhadas na legenda do gráfico 1. Nas séries que discriminam as categorias ocupacionais são consideradas apenas as ocupações de cientistas e engenheiros. Na linha verde, as ocupações relacionadas a C&E, mas não de cientistas e engenheiros, como as associadas aos serviços de saúde e de educação, por exemplo. Fontes National Center for Science and Engineering Statistics, National Science Foundation (NCSES, NSF) – 2023. Diversity and STEM: Women, Minorities, and Persons with Disabilities. National Science Board, National Science Foundation (NSB, NSF) – 2021. The STEM Labor Force of Today: Scientists, Engineers and Skilled Technical Workers. Science and Engineering Indicators 2022. NSB-2021-2 Elaboração FAPESP, DPCTA/Gerência de Estudos e Indicadores

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