Fios feitos de dióxido de silício, com apenas 50 nanômetros (bilionésimos de metro) de espessura, apresentam um comportamento incomum. Como os nanofios são mais finos que o comprimento de onda da luz que transportam, eles servem como guias para indicar o movimento das ondas. Além disso, por terem diâmetro uniforme e superfícies regulares, apesar de suas dimensões atômicas, as ondas de luz mantêm-se coesas durante a transmissão. O estudo que resultou na descoberta é de uma equipe de pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, liderada por Eric Mazur e Limin Tong, também da Universidade de Zhejiang na China, que contaram ainda com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão.
Como as fibras menores possibilitam a transmissão de mais informação em menos espaço, espera-se que o novo material se aplique aos cada vez mais microscópicos utensílios médicos e equipamentos fotônicos, como sensores ou sistemas a laser em escala nanométrica. Na avaliação de Julie Chen, diretora do programa de nanoprodutos da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NSF, na sigla em inglês), que financiou as pesquisas, o novo método de fabricação de nanofios, combinado com os avanços que a equipe vem obtendo no desenvolvimento de microequipamentos, deve ajudar a diminuir ainda mais os aparelhos ópticos e fotônicos (conforme press release da NSF).
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